segunda-feira, 23 de maio de 2016
Projeto de Educação Ambiental: A comunidade e o Meio Ambiente - O descarte adequado de medicamentos e objetos perfuro cortantes doméstico
quinta-feira, 19 de maio de 2016
Processos e fluidez na leitura
Leitura global > Instantânea
Leitura de análise e síntese > letra por letra, sílaba por sílaba ou palavra por palavra
Afim de analisar como estes processos ocorrem de fato, fizemos um vídeo com uma adolescente estudante do 8º ano lendo um crônica de Luis Fernando Veríssimo e, verificamos que o número de palavras que ela leu em voz alta por minuto foi de 136. O que é um ótimo desempenho na leitura!
Vejamos agora, Júlia lendo a crônica "Pechada":
Quantas palavras é possível ler em um minuto?
É certo que quanto mais lemos, maior é o nosso entendimento sobre o texto. A prática da leitura nos leva a ler com mais fluidez e quanto mais fluidez, maior será a compreensão do texto, quanto mais veloz é a leitura, maior entendimento, portanto, uma criança em fase de alfabetização tem mais dificuldade de entendimento, já que, a leitura desenvolvida por ela é de letra por letra, sílaba por sílaba, palavra por palavra.
Uma pessoa alfabetizada pode atingir no momento da leitura em voz alta, a marca de, no mínimo, 90 palavras em um minuto.
Pensando nisto, fiz um teste.
Li um trecho de um texto em voz alta e cronometrei, atingi a marca de 214 palavras em um minuto. Após isso, pedi que uma criança lesse o trecho de um livro em voz alta e cronometrei.
A criança tem 7 anos e está no segundo ano do Ensino fundamental e que gosta muito de leitura.
O trecho escolhido foi do livro "O diário de um banana", de Jeff Kinney, leitura atual da criança.
Em um minuto ele leu 99 palavras em voz alta. Após o teste, questionei se ele havia compreendido o texto e ele disse que sim e que estava muito engraçado.
Postado por Fernanda C. Maurício
Análise da Conversação
Transcrição do áudio acima exposto.
Contexto: Como preparar uma massa.
C - A:: tem pra descongelar... tem ai não tem?
A – Tem
[ M - ( )
C – Deixa eu dar uma juntada nela... quer ver ó... assim é só vai fazendo assim ó... (ela) vai ficar bem... entendeu pra juntar bem assim... dá uma:: tá vendo o jeito que tô ()
A - Uhuum
C - Pega com bastante força e faz assim até ela:: ir se ajuntando até ela vai virar uma:: uma massa ( ) quer ver ó... quer ver ó... e depois o certo... a vó até da uma surra nela não da?
V – DÁ:
C – Da umas batidas nela assim
V – Aham::
C – Ta veno ó vai nessa posição assim ó com bastante força ó põe seu corpo assim ó vai::: e:: ( )
[ A – (Entendi)
C – Vai lá... i::sso com força em cima dela... ae:: em cima i::sso... ae... em cima... pode ver que tá virando uma bola num tá?
A - Uhum
[ C - Uhum... ISSO...
E - (...) que que você quer fazer?
M - Sai pra lá ()
[ C- (fazer isso) até virar uma bola
V - A vó faz tão rapidinho...
C - É ela tem...
[ A - É ela tem pratica né
Transcrição feita por: Fernanda Kimura, Arianne Constancio, Fernanda Mauricio e Cristiane de Lima.
Tipos de Leitor: Ascendente e Descendente
Um texto pode ser lido e interpretado de diversas maneiras, isto é, cada leitor percebe e interpreta um aspecto diferente durante o processo de leitura. Ao ler um texto muitos aspectos estão implícitos pelo autor e podem ser interpretados com a ajuda dos conhecimentos de mundo que o leitor possui.
Mediante esta afirmação, surgem dois tipos de processos de leitura: a descendente e a ascendente. O primeiro tipo está relacionado à leitura superficial do texto, em que hipóteses são criadas e confirmadas ou não durante a leitura. Já o segundo está muito mais ligado ao texto em si, na análise cada palavra e frase contida no texto.
Um leitor pode ser considerado descendente quando faz uma leitura muito rápida e superficial e ainda assim compreende a ideia principal do texto, porém deduz o significado de frases a partir de seu próprio conhecimento e muitas vezes são incoerentes. Há também o leitor ascendente, aquele que analisa melhor cada linha, tem uma leitura mais vagarosa, mas muitas vezes não entende a ideia geral apresentada em um texto. O leitor considerado ideal, aquele que compreende o texto desde a ideia geral até as entrelinhas, é um leitor que mescla os aspectos de leitura de um leitor ascendente e descendente.
Portanto os dois processos de leitura são fundamentais na formação de um leitor, em que ele saiba equilibrar tantos os aspectos descendentes quanto os ascendentes ao ler um texto.
quarta-feira, 18 de maio de 2016
Estratégia de leitura - Criação de hipótese através do título.
Essa hipótese já é levantada logo quando lemos o título de um texto ou um livro, por exemplo.
Diante deste fator, foi efetuado uma pesquisa referente à expectativa criada em relação ao título do livro "Morangos Mofados".
Pesquisa realizada com uma leitora assídua de "romances".
Diante a pergunta: Qual o tema provável do título "Morangos Mofados"?
A leitora respondeu: -"Eu não sei, mas imagino que seja uma história de época contada num cenário que seria uma fazenda e os personagens seriam os Senhores de Engenho, proprietários de escravos, talvez a história conte algo sobre alguma rivalidade entre um patrão e seu escravo.
Questiono, então, o motivo pelo qual ela chegou à esta conclusão e a resposta dela foi:
-"Por causa do título, "Morangos Mofados", tudo a ver com cenário de fazenda e me veio à cabeça uma história assim."
Para quem não conhece "Morangos Mofados" é o título de um livro escrito por Caio Fernando Abreu, livro este que foi considerado uma obra-prima pela crítica literária.
Ele é o quarto livro de contos do escritor brasileiro, foi escrito em 1982 e aclamado como o melhor livro daquele ano.
Sinopse: O que primeiro chama a atenção na leitura de "Morangos Mofados" é a fineza de estilo, a agudeza e a percepção de Caio Fernando Abreu para tratar da essência, do que há de mais profundo no ser humano. A busca, a dor, o fracasso, o encontro, o amor e a esperança vão se delineando nessa série de contos que se entrelaçam quase como se fossem um romance. "Morangos Mofados" foi o maior sucesso de Caio, que lançou 11 livros e foi traduzido para diversas línguas.
Postado por Fernanda C. Maurício.
Estratégia Metacognitiva - A escolha de um livro pelo título.
Você terminou de ler um livro interessante e já quer começar uma nova leitura. Como escolher esse novo livro?
Para isso, você pode analisar alguns fatores:
O quanto a capa chama a sua atenção e o quanto a sinopse desperta o seu interesse.
Você pode fazer pesquisas pela internet ou considerar indicações de amigos ou críticos literários.
Mas, e se você tivesse somente a informação do título do livro, como você escolheria?
Pensando nisso, questionei uma leitora sobre como seria a sua avaliação no momento da escolha de um livro, sendo somente pelo título. Enviei algumas opções e o resultado foi o seguinte:
Fernanda: Qual desses livros você escolheria apenas pelo título?
1- A linguagem das flores.
2- Desculpa se te chamo de amor.
3- Budapeste.
4- O circo da noite.
5- Nove plantas do desejo e a flor de estufa.
Leitora: Escolho o "Circo da noite", porque me remete ao meu estilo favorito, que é aventura ou mistério. Os outros títulos me soam romantizados e não tenho muita paciência com romances.
A leitora fez sua escolha usando a estratégia de eliminação dos títulos que ela considera que seja "romance" e faz uma previsão de que o título escolhido é do seu gênero favorito.
Essa é uma das estratégias metacognitivas, em que o leitor faz previsões sobre o tema de um livro que pode ser tanto pelo título, autor ou até mesmo pela capa.
A estratégia metacognitiva pode ser acessada antes, durante e/ou após a leitura, sendo necessário que o leitor faça decisões acerca de quais as mais adequadas para o tipo e gênero textual em questão.
Abaixo, deixo a sinopse do livro escolhido pela leitora:
"O Circo da Noite" - Erin Morgeinstern. (2012).
(Ficção fantástica).
"Sob suas tendas listradas de preto e branco uma experiência única está prestes a ser revelada: um banquete para os sentidos, um lugar no qual é possível se perder em um Labirinto de Nuvens, vagar por um exuberante Jardim de Gelo, assistir maravilhado a uma contorcionista tatuada se dobrar até caber em uma pequena caixa de vidro ou deixar-se envolver pelos deliciosos aromas de caramelo e canela que pairam no ar.
Por trás de todos os truques e encantos, porém, uma feroz competição está em andamento: um duelo entre dois jovens mágicos, Celia e Marco, treinados desde a infância para participar de um duelo ao qual apenas um deles sobreviverá.
À medida que o circo viaja pelo mundo, as façanhas de magia ganham novos e fantásticos contornos. Celia e Marco, porém, encaram tudo como uma maravilhosa parceria. Inocentes, mergulham de cabeça num amor profundo, mágico e apaixonado, que faz as luzes cintilarem e o ambiente esquentar cada vez que suas mãos se tocam.
Mas o jogo tem que continuar, e o destino de todos os envolvidos, do extraordinário elenco circense à plateia, está, assim como os acrobatas acima deles, na corda bamba."
Postado por: Fernanda C. Maurício.
domingo, 15 de maio de 2016
Estratégia Metacognitiva: Criação de hipóteses/previsão/expectativa
A História de Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo)
sábado, 14 de maio de 2016
Entrevista com uma adolescente sobre leitura
Júlia: Gosto mais de romance e histórias que me façam rir.
A: Você costuma ler somente textos que a escola recomenda ou gosta de procurar outros tipos de leitura?
J: Eu leio mais o que a escola recomenda mesmo... Não é sempre que tenho vontade de procurar algum legal. Mas às vezes quando a capa ou algo assim me chama a atenção eu começo a ler. Mas até que alguns dos que li para a escola acabaram me surpreendendo... (risos)
A: Você tem costume de ler blogs, revistas, jornais, algum texto online etc.?
J: Eu até tenho... Mas só leio mesmo o que me interessa. Vejo muitos textos grandes no Facebook também mas, só continuo a ler se me dá vontade de saber mais. Isso também acontece em algumas revistas daquelas para meninas da minha idade, sabe...
A: Quando você entra em uma loja para comprar um livro, qual o tipo de leitura que vem primeiro a sua cabeça?
J: Romance ou bibliografia de famosos... Sabe?
A: O que você acha sobre as histórias de contos de fadas? Já aprendeu alguma lição com elas?
J: Acho que são inspiradoras! É uma forma de mostrar para os outros, principalmente crianças, a realidade de uma forma mais leve... Tanto coisas boas quanto ruins.
Já aprendi com elas. Sobre inveja na história da Branca de Neve e sobre a vingança e a maldade não valerem a pena na história da Cinderela... Uma hora o feitiço vira contra o feiticeiro! (risos)
quinta-feira, 12 de maio de 2016
Pesquisa: Objetivo de leitura
Das 31 pessoas que participaram da pesquisa, 27 delas relataram estarem lendo livros do gênero "romance". Todas elas afirmaram que escolheram este gênero por distração e prazer.
3 pessoas informaram que estão lendo biografia, e de acordo com seus próprios relatos, o objetivo é conhecer mais sobre a história de vida daquele que é o personagem central da biografia.
Apenas 1 pessoa está lendo um livro teórico, sendo da área do Marketing e ela relatou que o objetivo da leitura é a paixão pela área e elaboração de seu TCC.
Todas as pessoas afirmaram que amam ler e que o grande objetivo no momento da leitura é a garantia de prazer proporcionado por um livro com um bom conteúdo.
Pesquisa realizada nos dias 11 e 12 de Maio de 2016.
Por Fernanda Costa Maurício.
terça-feira, 10 de maio de 2016
Sondagem sobre leitura.
Pesquisa sobre os gêneros textuais mais lidos envolvendo pessoas entre 15 e 25 anos integrantes de um grupo de literatura.
Algumas das principais conclusões observadas ao realizar a pesquisa com este grupo específico:
- Romance foi eleito o gênero mais lido.
- O segundo gênero mais lido é ficção científica.
- 9% dos entrevistados leem outros gêneros textuais não citados na pesquisa como: textos acadêmicos, suspense e fantasia.
- Mais da metade dos entrevistados leem gêneros narrativos.
- Gêneros como receita, resenha crítica e biografia foram pouco citados durante a pesquisa e mostraram um baixo índice de leitura.
Fica claro que os gêneros textuais mais lidos são os do tipo narrativo, em que apresentam um narrador, personagem, tempo, espaço e enredo.
Por se tratar de pessoas participantes de um grupo de literatura, a leitura é focada em textos que os agradam, que os mantém entretidos. Se esta pesquisa fosse realizada com um grupo de estudantes universitários, provavelmente os gêneros lidos seriam outros, como: artigos científicos, seminários, biografias, textos acadêmicos e entres muitos outros. Poderia também ser feita uma sondagem de leitura somente com crianças que estão sendo alfabetizadas, neste caso, os gêneros utilizados seriam os mais simples e instrutivos como, por exemplo, as fábulas. Estas são somente algumas hipóteses, mas que poderiam ser estudadas com diferentes grupos sociais.
Portanto a pesquisa revela que os gêneros textuais mais lidos por este grupo específico de pessoas são os do tipo narrativo, mas sem descartar os demais gêneros textuais que estão presentes no cotidiano de cada um.
segunda-feira, 9 de maio de 2016
As Habilidades de Leitura – Quais os conhecimentos e habilidades de leitura que um aluno deve ter?
- Decodificar;
- Compreender;
- Interpretar;
- Reter
“Ler é interagir com o texto, considerando-se o papel do leitor, o papel do texto e a interação entre leitor e texto”. (MENEGASSI; CALCIOLARI, 2002, p. 85)
“Na vida estamos envolvidos o tempo todo em interpretar. Um amigo diz uma coisa que a gente não entende. A gente diz logo: "O que é que você quer dizer com isso?". Aí ele diz de uma outra forma, e a gente entende. E a interpretação, todo mundo sabe disso, é aquilo que se deve fazer com os textos que se lê. Para que sejam compreendidos. Razão por que os materiais escolares estão cheios de testes de compreensão. Interpretar é compreender.”
"A melhor coisa que a escola poderia oferecer aos alunos é a leitura (...) se um aluno não se sair bem nas outras atividades, mas for um bom leitor, a escola já cumpriu grande parte de sua tarefa". (CAGLIARI, 1996)
“Aprende-se a ler com textos (...) que funcionem realmente para leitores; aprende-se a ler lendo textos que não se sabe ler, mas de cuja leitura se tem necessidade. Ler é uma negociação entre o conhecido, que está em nossa cabeça, e o desconhecido, que está no papel; entre o que está atrás e o que está diante dos olhos.”
Referências bibliográficas
terça-feira, 3 de maio de 2016
Resumo do livro: Texto e leitor: Aspectos cognitivos da leitura
Logo na primeira parte, a observação que Angela Kleiman faz é que todo leitor tem um conhecimento que está fora do texto, ou seja, há informações que não foram citadas, mas que o leitor consegue compreender. Esta compreensão somente é possível por três tipos de conhecimentos: o conhecimento linguístico (conhecimento da própria língua), conhecimento textual (conhecimento de gêneros textuais) e o conhecimento do mundo (conhecimento sobre o assunto) que desenvolvem o nosso conhecimento prévio.
Já no segundo capítulo ela explica que é necessário ter um objetivo conforme segue a leitura e criar hipóteses e mais hipóteses para de tentar deduzir a informação do texto. Este é o chamado de desenvolvimento metacognitivo, em que o leitor começa a pensar e formular hipóteses sobre o que virá a seguir.
No terceiro capítulo chamado "Estratégias de Processamento do Texto", ela mostra a importância da coesão e coerência na formação de um texto. A coesão está ligada a microestrutura, em que pequenas partes ligam o texto como um todo dando construção a coerência, ou seja, a macroestrutura que da o sentido ao texto como um todo.
Finalizando o livro, no último capítulo a autora ressalta a importância não só do leitor, mas também do autor para a construção de sentido de um texto. Sendo que o autor deve escrever de forma clara a conduzir o leitor, dando pistas para a construção objetiva do texto.
Portanto a autora consegue mostrar de forma clara e simplificada a importância de cada aspecto do processo de leitura, sua obra possui uma grande riqueza nesta área, tornando-se uma grande forma de estudar e compreender melhor a construção do sentido de um texto durante a leitura.