Cesário Verde
José Joaquim Cesário Verde nasceu em Lisboa, em 25/02/1855. Filho dum lavrador ecomerciante, foi obrigado a dedicar-se às atividades práticas, que desde cedo colidiam com seu temperamento de sensitivo. A muito custo, a vocação literária impõe-se e ele ingressa no Curso Superior de Letras (1879). Assiste às aulas por pouco tempo, mas faz amizade com Silva Pinto e entra a publicar poemas no Diário de Notícias, e mais adiante noutros periódicos.
Falece precocemente, em 18/07/1886. No ano seguinte, Silva Pinto reúne em livro seus poemas dispersos sob o título de O Livro de Cesário Verde.
Na poesia de Cesário Verde, alguns temas predominantes são o campo e a cidade. Seu estilo era delicado, com emprego de artifícios impressionistas e uma sensibilidade dificilmente vista no meio literário. A forma de expressão utilizada era mais natural, pois o poeta evitava o lirismo clássico.
As características mais importantes encontradas na análise de sua obra são imagens muito visuais que tinham o objetivo de dimensionar a realidade do mundo, a mistura do moral com o físico, a combinação de sensações, comparações, metáforas, sinestesias, versos decassílabos e quadras.
Um tema recorrente nas poesias de Cesário Verde é a mulher. Ele nos apresenta dois tipos femininos, sempre atrelados aos locais em que ambienta seus versos. Na cidade, cria uma mulher calculista, madura, frívola, fria, autodestrutiva e dominadora. Em sua representação do campo, o poeta monta arquétipos de mulheres pobres, feias, doentes, esforçadas e trabalhadoras.
Antero de Quental
Antero de Quental (1842-1891) foi um poeta e filósofo português. Foi um verdadeiro líder intelectual do Realismo em Portugal. Dedicou-se à reflexão dos grandes problemas filosóficos e sociais de seu tempo. Contribuiu para a implantação das ideias renovadoras da geração de 1870.
Antero de Quental (1842-1891) nasceu na localidade de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos Açores, Portugal, no dia 18 de abril de 1842. Filho do combatente Fernando de Quental e Ana Guilhermina da Maia iniciou seus estudos em Ponta Delgada. Com 16 anos foi estudar Direito em Coimbra. Em 1861 publicou "Sonetos de Antero".
Em 1865, um grupo de estudantes da Universidade de Coimbra, critica as velhas ideias do Romantismo, o que fez surgir uma polêmica entre a velha e a nova geração de poetas. Essa manifestação originou-se de um texto do poeta romântico Antônio Feliciano de Castilho, no qual ele criticava as novas ideias literárias de Antero de Quental e Teófilo Braga. Antero responde de maneira violenta, escrevendo uma carta aberta que foi divulgada com o título de "Bom senso e bom gosto", nela Antero acusa Castilho de obscurantismo e defende a liberdade de pensamento dos novos escritores. Essa polêmica ficou conhecida como a "Questão Coimbrã. Neste mesmo ano ele publica "Odes Modernas".
Em 1866, foi morar em Lisboa, onde trabalhava numa tipografia. No ano seguinte foi para Paris, só regressando para Lisboa em 1868. Em 1869, fundou o jornal "A República". Em 1871, junto com Eça de Queirós, Oliveira Martins e Ramalho Ortigão, planeja uma série de "Conferências Democráticas", que eram realizadas no Cassino Lisbonense. Em 1872, publicou "Primaveras Românticas".
O programa da conferência dizia, entre outras coisas, da preocupação com a transformação social, moral e política dos povos, da necessidade de ligar Portugal com os movimentos modernos de agitar na opinião pública as grandes questões da filosofia e da ciência e realizar transformações na política, economia e religião da sociedade portuguesa. Depois da quinta conferência, por decreto real, o cassino foi fechado.
Antero de Quental expressa em seus sonetos a sua inquietação religiosa e metafísica constituindo a parte mais importante de sua obra: "Sonetos de Antero" (1861), "Primaveras Românticas" (1872), "Sonetos Completos" (1886) e "Raios de Extinta Luz" (1892). É considerado, ao lado de Bocage e Camões, os grandes sonetistas da literatura portuguesa.
Antero Tarquínio de Quental sofrendo de depressão, se suicida no dia 11 de setembro de 1891, em Ponta Delgada, Portugal, sua terra natal.
Referência:MOISES, Massaud. Literatura Portuguesa Através dos Textos. 34 ed.
https://www.ebiografia.com/busca.php?q=ces%E1rio+verde
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